Confira algumas das melhores práticas de agricultura sustentável que são utilizadas nas fazendas
A ideia de sustentabilidade pode parecer abstrata e idealista, mas, no caso da agricultura, é eminentemente prática.
Nossa capacidade de cultivar alimentos depende da saúde ecológica da paisagem em que os cultivamos. Se nossa agricultura esgotar e danificar terras agrícolas, não seremos capazes de continuar fazendo isso indefinidamente.
Portanto, temos a responsabilidade para com nós mesmos e nossos descendentes de encontrar métodos de produção de alimentos que minimizem os danos ao ecossistema da fazenda - ou melhor ainda, que o regenerem e reabasteçam.
Abaixo estão algumas das principais práticas da agricultura sustentável que você pode encontrar nas fazendas. Confira!
Diversidade e rotação de culturas
O cultivo de uma diversidade maior de safras permite aos agricultores colher as vantagens ambientais e energéticas de rotações de safra mais longas e complexas.
Pesquisas recentes demonstraram que as rotações multianuais e multiculturas produzem altos rendimentos para cada cultura na rotação e ainda trazem os seguintes benefícios:
- Pragas e ervas daninhas: como a maioria das pragas está adaptada para se desenvolver em apenas um número limitado de culturas, uma rotação que inclua safras não hospedeiras reduzirá seu número. O uso reduzido de pesticidas químicos, por sua vez, incentiva organismos benéficos como fungos do solo, polinizadores, insetos e aranhas predadores e comedores de sementes de ervas daninhas que reduzem ainda mais a necessidade de pesticidas, o que beneficia o meio ambiente e economiza dinheiro dos agricultores;
- Fertilidade do solo: as rotações que incluem leguminosas produtoras de nitrogênio, como ervilhas, feijões e alfafa, fornecem às safras subsequentes quantidades substanciais desse nutriente crítico.
Culturas de cobertura
Em muitas fazendas no Brasil, os campos são deixados vazios quando as safras não estão crescendo - geralmente na maior parte do ano - criando uma série de problemas.
Vento, chuva e até mesmo gelo derretido danificam o solo nu, e fertilizantes de nitrogênio e fósforo vazam para as águas subterrâneas ou escorrem para riachos e rios.
Essa perda de solo e nutrientes aumenta os custos para os agricultores e causa graves - e caros - problemas ambientais e de saúde pública em comunidades agrícolas e além.
Alguns fazendeiros cultivam plantas conhecidas como culturas de cobertura para proteger e construir seu solo durante o período de entressafra, ou para o gado pastar ou forragear.
As culturas de cobertura comumente utilizadas nessa prática de agricultura sustentável incluem ervilhaca, azevém e trevo carmesim.
Integração da lavoura e pecuária
A agricultura sustentável vegetal e animal pode ser reintegrada de várias maneiras.
Alguns rebanhos, especialmente gado de corte e vacas leiteiras, podem ser criados parcial ou totalmente em pastagens, o que (quando bem manejado e não com excesso de cabeças) reduziria a erosão da terra, aumentaria a fertilidade do solo, armazenaria carbono e forneceria habitat para organismos benéficos.
O gado criado em pasto também requer menos antibióticos do que os criados em cativeiro, reduzindo sua contribuição para a disseminação de doenças resistentes a antibióticos.
Além disso, as operações de pastagem e outras operações de pecuária integradas oferecem aos fazendeiros a oportunidade de atender à crescente demanda dos consumidores por carnes e leite saudáveis, humanos, alimentados com pasto e criados de forma sustentável.
A integração de lavouras e gado pode ser realizada em uma base regional ou em fazendas individuais; distribuir as operações com animais produziria uma série de benefícios, desde a redução da poluição por nutrientes até o aumento da fertilidade do solo.