Os primeiros registros sobre a soja datam de 2.800 AC e descrevem uma planta rasteira encontrada na costa leste da Ásia, muito diferente da versão atual, fruto de diversos cruzamentos naturais e modificações genéticas.
A chegada da soja no Brasil aconteceu por volta da década de 60, quando o trigo era a principal cultura no Sul e a soja surgiu como opção para o plantio de verão. A produção crescente de suínos e aves também estimulou essa cultura, devido ao farelo da soja.
Atualmente, o maior produtor de soja é os Estados Unidos, com um pouco mais de 125 milhões de toneladas, seguido pelo Brasil, que por conta do clima teve prejuízo em sua última safra, fechando em aproximadamente 113 milhões de toneladas. Em terceiro lugar encontra-se a Argentina, com produção bem menor, de 57 milhões de toneladas.
O Brasil é o maior exportador de soja do mundo. Este é o item mais exportado pelo país e isso acontece há bastante tempo, pelo menos desde que começou a registrar esse tipo de informação, há mais de 20 anos. A última safra rendeu 101 milhões de toneladas exportadas. Devido à tensão comercial entre China e Estados Unidos o Brasil tem se tornado o principal fornecedor para os chineses.
O Mato Grosso é o maior produtor nacional, com 32 milhões de toneladas anuais. A segunda posição geralmente é do Paraná, mas as mudanças climáticas desfavoráveis na safra 2018/2019 fizeram com que perdesse o lugar para o Rio Grande do Sul.
Para garantir a produtividade dessa cultura deve-se analisar alguns aspectos importantes:
- Rentabilidade da área cultivada, pois ela é limitada;
- Preparação e adequação do solo, corrigindo possíveis faltas de nutrientes;
- Adubação correta, diminuindo os custos da produção;
- Seleção das sementes, que devem ser escolhidas por sua qualidade e precisam ser corretamente tratadas e armazenadas;
- Escolha do sistema de produção, que podem ser de sucessão ou de rotação;
- Monitoramento da área de cultivo, tomando cuidado especial às pragas que mais afetam a soja, como o percevejo-marrom.
Uma das tendências da atualidade é o interesse crescente pelo consumo de produtos orgânicos e com a soja não é diferente. O mercado europeu é um grande consumidor e o brasileiro está buscando essa opção também. O cultivo é feito sem herbicidas, fungicidas e inseticidas e tem se mostrado um ótimo investimento para pequenos produtores.
A projeção é que a cultura de soja continue valorizada, já que a rentabilidade é praticamente certa. Apesar de todas as lavouras correrem o risco de serem afetadas por pragas, climas desfavoráveis e agrotóxicos ineficazes, a soja está em um mercado de preços atrativos, sementes cada vez mais resistentes e alta demanda do produto.