Confira o que muda na economia e na agricultura nacional com a suspensão da tarifa de importação da soja e milho
Em uma iniciativa para conter o aumento dos preços no setor alimentício, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) decidiu recentemente realizar a suspensão da tarifa de importação da soja e milho.
Conforme a publicação no site do Ministério da Economia, essa medida ficará ativa até período determinado de 2021.
Ainda conforme a nota, a suspensão das tarifas da soja foram sugeridas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, enquanto o Ministério da Economia foi o responsável pelo pedido da isenção do milho.
Confira mais algumas informações relevantes sobre essa medida e veja como ela impacta a economia nacional e o agricultor.
POR QUE FOI FEITA A SUSPENSÃO?
Uma das consequências geradas pela pandemia do COVID-19 foi o aumento súbito da demanda mundial de alimentos. Isso gerou reflexos diretos nos mercados relacionados à soja e ao milho.
No caso da soja e seus derivados, como farelo e óleo, houve aumento nas vendas externas que ganharam impulso com a valorização do dólar.
Já no caso do milho, houve um aumento no consumo interno para abastecer a produção de proteína animal, que registrou crescimento nas exportações.
ATÉ QUANDO DURAM ESSAS MEDIDAS?
Ambas as medidas de suspensão da tarifa de importação da soja e milho ficarão em vigor até o primeiro trimestre de 2021, mas com algumas particularidades.
No caso de soja, a redução temporária será válida até 15 de janeiro de 2021 o grão, farelo e óleo de soja.
Quanto ao milho, a isenção valerá até 31 de março de 2021.
A decisão destes prazos foi pensada para não afetar/comprometer a comercialização dos grãos na próxima safra, uma vez que ela tem previsão para ocorrer logo no início do próximo ano. Pelo menos essa foi a explicação fornecida pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
QUEM É IMPACTADO PELA SUSPENSÃO TARIFA DE IMPORTAÇÃO DA SOJA E MILHO?
Especialistas acreditam que a suspensão da tarifa de importação da soja e milho ajudarão no controle da alta nos preços de ambos os grãos e seus derivados, uma vez que essas commodities possuem suas cotações atreladas ao dólar e são itens de grande exportação para o mercado asiático, com destaque para a China.
A boa notícia é que a medida também acaba impactando positivamente os consumidores, já que isso também reflete no controle do aumento dos alimentos destinados para a população.
Essa suspensão dos impostos também favorece os agricultores, uma vez que essa alta no mercado brasileiro trouxe muitas dificuldades às cadeias produtivas do leite, aves e suínos, que utilizam amplamente estes grãos nas dietas dos animais.
Já que o farelo de soja e milho são os principais insumos alimentares dessas cadeias produtivas e também o item que mais pesa no custo de produção, com a suspensão das tarifas de importação, o processo para o agricultor acaba ficando mais em conta.
